quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Parada Gay

Cataguases sediou no dia 12 de setembro a 5ª parada do orgulho gay. Mais de 10 mil pessoas estiveram na avenida Astolfo Dutra para celebrar a liberdade sexual. A população gay da cidade ainda comemorava a aprovação da Lei Eurídes Amâncio, que determina os casos para aplicação de repressões às agressões e práticas discriminatórias, devido à orientação afetivo-sexual, em Cataguases.

As paradas da diversidade tem se multiplicado pelo Brasil. O objetivo é mostrar que os gays não são a minoria, uma vez que levam para as ruas, cada vez mais, pessoas das mais diferentes formações culturais, idade, religião e classe social. Em Cataguases, nesta edição, não foi registrado nenhuma ocorrência policial.
O evento fechou as comemorações de aniversário da cidade, que iniciou há duas semanas. Além da parada, o MGC - Movimento Gay de Cataguases realizou palestras, shows e a entrega do troféu Estrela Rosa, para personalidades e instituições que se destacaram em prol da diversidade.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Um dramático, sensual e excitante bailado

Casa de Cultura Simão traz a Cataguases o espetáculo “Dolores” com a Mímulus Cia. de Dança, de Belo Horizonte.

por Tarcísio Vória


Má Educação, De Salto Alto, Tudo Sobre Minha Mãe, Kika, entre outras grandes produções de sucesso. Quem compareceu ao Centro Cultural Humberto Mauro na noite de sábado, 28 de setembro, pôde sentir de perto e se envolver inteiramente com o universo do cineasta espanhol, Pedro Almodóvar, por meio do espetáculo “Dolores”, da Mímulus Cia. De Dança. O evento, que compõe a programação da Casa de Cultura Simão em 2010, foi acompanhado por aproximadamente 300 pessoas e transmitido via internet através do site www.casasimao.org.br.

Baseado em trilhas sonoras da filmografia do cineasta inúmeras vezes indicado ao Oscar, “Dolores” conta com a performance dos bailarinos Bruno Ferreira, Jomar Mesquita, Murilo Borges, Rodrigo de Castro, Andréia Pinheiro, Juliana Macedo, Nayane Diniz e Mariana Fernandes; iluminação de Renato Cordeiro; cenografia de Maria Letícia Marçal e Paula Pazos e assistência local de Rogério Tumati e Marcus Diego.

Segundo o dançarino Rodrigo de Castro, bailar Almodóvar é externar os conflitos abordados por ele em seus filmes. “É resolver tabus e rejeições. Quando mais se vive as histórias dele, mais se aprende com os sentimentos que ele provoca”. Quem também integrou o elenco de “Dolores” foi a cataguasense, Rosângela de Souza. Zanza, como é conhecida, foi convidada a participar da apresentação e ressaltou a alegria em fazer parte do espetáculo. “Foi uma experiência fantástica. Eles foram muito atenciosos comigo e, mesmo sem nunca ter feito dança, consegui aprender a coreografia rapidinho”.

Entusiasmada, a Presidente da Fundação Simão José Silva, Andréia Barbosa Silva, destaca a satisfação pela realização de mais um evento na cidade. “É maravilhoso proporcionar apresentações como essa para Cataguases e ver isso acontecendo aqui”, diz.
O espetáculo “Dolores” é o segundo evento da programação da Casa de Cultura Simão em 2010, que tem o patrocínio da Bauminas, Hidroazul e apoio da Fundação Simão José Silva em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

AUGUSTO DOS ANJOS






Augusto dos Anjos levou os escritores Marcelino Freire e Nicolas Behr ao cemitério Nossa Senhora do Carmo, em Leopoldina, na manhã de sábado, 11 de setembro. Emocionados, os ilustres visitantes não esconderam a euforia ao ver e tocar no túmulo daquele que consideram o poeta maior da literatura brasileira.



Ainda no caminho, Marcelino disse: "Os restos mortais vieram para este cemitério, mas a alma está em todo lugar".

Dali, desceram ladeira e seguiram para a casa onde Augusto morou. Idéias transbordando, palavras trocadas, eis que surgiram muitos planos: Festival de poemas, acessibilidade às obras do poeta maior, um filme e até uma fotografia no célebre sepulcro.




INCLASSIFICÁVEL
Augusto dos Anjos viveu no início do século XX e sua influência vem do cientificismo do século XIX. É um autor inclassificável, pois sua obra possui características de diversas escolas literárias e as transcende, deixando o leitor perplexo. Pode-se observar os aspectos sórdidos e vis da condição humana, uma sequência de imagens desoladas e principalmente o grotesco das contestações de que somos sozinhos.



Versos Íntimos

Vês?! NInguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão - esta pantera -
Foi tua companheira inseparável.

Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.

Toma um fósforo, acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.

Se a alguém causa inda pena tua chaga
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!

(Pau d'Arco  1901)


LEOPOLDINA
É uma cidade brasileira do estado de Minas Gerais, localizada na zona da mata do mesmo. Possui aproximados 60 mil habitantes e guarda muitas histórias de Augusto dos Anjos.





FELICA

A visita a Leopoldina foi possível porque os escritores estavam participando do segundo Festival Literário de Cataguases - FELICA. Nas atividades oferecidas pelo evento houve um encontro com o escritor Carlos Brito e Melo que transmitiu seu conhecimento e experiência para os participantes, revelou os sentimentos e as condições as quais ficam expostas um escritor durante o ato da criação do texto.

Acima, registro fotográfico no Centro Cultural Humberto Mauro. Carlos Brito, Juliano Carvalho e Tarcísio Vória, após o encontro se divertem no memorial dedicado ao pai do cinema nacional.


13 DE SETEMBRO



Visita da minha mãe e irmã, festa supresa no trabalho, virei obra de arte. Amo tudo isso.





quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Sete de Setembro


O dia da Pátria, comemorado em todo o Brasil, tem um charme especial em Cataguases. O desfile cívico realizado na manhã do feriado é uma atração que leva para as ruas mais de 20 mil pessoas. Escolas, forças militares, instituições sociais, todos participam orgulhosos do momento.

A beleza da avenida Astoufo Dutra colabora com a parada de sete de setembro. As árvores frondosas, o casario eclético e moderno, unem-se ao entusiasmo da população e forma um espetáculo que pde ser admirado somente em Cataguases.



O desfile tem duração média de quatro horas. Por isso uma boa dica é se preparar para a jornada, com água, roupas frescas, máquina fotográfica e claro, uma boa amizade.


O sete de setembro acontece em manhãs ensolaradas e produz imagens belas da população de Cataguases.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

CLÓVIS

Clóvis é o palhaço do ator Cacá Massena. Na foto acima, ele participa de uma apresentação da Cia Gargalhada no Teatro Rosário Fusco. A risada saudável e natural foi registrada e tornou-se uma das mais belas fotos de palhaço registradas por este jornalista.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Saecula Saeculorum e Transfiguráveis

Na vernissage de Sérgio Ramos, uma admiradora ilustre das artes. Fernanda Tenório Alves Pereira. Criadora do Jornal Arte Nativa, no Sul de Minas, hoje ela reside em Angra dos Reis.


Imagens e Semelhanças

O Museu de Belas Artes de Cataguases recebeu no dia 27 de agosto as exposições de Sérgio Ramos e Cida Lacerda. Ele, paulistano radicado em Viçosa, e ela Cataguasense com moradia em Juiz de Fora. Ambos utilizam da técnica acrílica sobre tela, porém cada qual com seu traço, sua cor, formas e inspirações.

Sérgio expõem na sala Francisco Inácio Peixoto 25 telas que ele denomina como figurativo contemporâneo.O artista tem formação em arquitetura, contou que sua inspiração vem da literatura, música, família e lembranças; denominou sua mostra Saecula Saeculorum, ou seja, Através dos Séculos. “A pintura continua forte, é eterna”, diz. Para Sérgio a pintura precisa passar algo bom, o que ele acredita conseguir por meio dos temas escolhidos para ilustrar as telas, como a Folia de Reis, banda de música, São Francisco, bicicletas, pássaros, gatos e outros.

Cida Lacerda expõe na sala Marques Rabelo e possui uma história de vida que a transformou na artista de hoje. Por indicação da irmã Vilma, começou a pintar, sem o compromisso com a técnica, encontrou na acrílica facilidade e agilidade para suas experimentações. Na exposição Transfiguráveis trouxe um pouco de todas as suas fases como artista, mas faz ressalva ao Anjo Azul, em homenagem a irmã, e as flores.”Sempre pintarei flores, porque elas são formas perfeitas da criação, pela variedade de perfume, cores e tamanhos. São minhas maiores fontes de inspiração”.


Acima o Anjo Azul que Cida fez em homenagem a irmã Vilma. Abaixo, as obras de Sérgio Ramos: